Escola Jacintho Luiz Caetano recebe mandiocas da Associação da Agricultura Familiar de Maricá

Escola Jacintho Luiz Caetano recebe mandiocas da Associação da Agricultura Familiar de Maricá

13 de março de 2025 0 Por Francisco Avelino

Atividade faz parte de programa de educação ambiental e incentivo à agricultura sustentável

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Agricultura e Pecuária e da Secretaria de Educação, realizou na manhã desta quinta-feira (13/03) a colheita de mandiocas cultivadas na Associação da Agricultura Familiar de Maricá, no Caju. A produção foi doada para a Escola Municipal Jacintho Luiz Caetano, no mesmo bairro. A iniciativa, que faz parte do programa de incentivo à agricultura sustentável e educação ambiental, promove o contato direto das crianças com o cultivo de alimentos. Foram retirados e doados mais de cem pés de mandioca.

Durante a atividade, representantes da escola, do Empório I Piatti e da Secretaria de Economia Solidária puderam aprender sobre o processo de plantio, desenvolvimento e colheita da mandioca, além da importância da agricultura para a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável da região. A ação foi acompanhada por técnicos da associação.

O subsecretário de Agricultura e Pecuária, Walter Gomes, destacou a relevância do projeto para a agricultura e para a alimentação saudável. “É um trabalho fundamental para a agricultura da nossa cidade. Esse tipo de iniciativa contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e engajados, além de apoiar a agricultura local. Muitas famílias carentes dependem desses alimentos, que são cultivados sem agrotóxicos e diretamente na terra maricaense”, afirmou.

A valorização da agricultura local é essencial para o desenvolvimento sustentável de Maricá, garantindo alimentos saudáveis e fortalecendo os produtores da região. A iniciativa ganha ainda mais relevância ao impulsionar a produção de alimentos sem agrotóxicos, beneficiando diretamente a população. O presidente da Associação de Agricultura Familiar de Maricá, Allan Viegas, destacou: “Nesse trabalho podemos identificar qual tipo é o ideal para cada prato e cada receita. Há uma variedade grande de mandiocas, como BRS, vassourinha, pão branco, pão amarelo, cacau e muitas outras”.

Presente na colheita, a diretora da Escola Municipal Jacintho Luiz Caetano, Ledir Barbosa, mencionou que a alimentação escolar desempenha um papel fundamental na saúde e no desenvolvimento dos estudantes. “Nossa escola foi uma das 18 sorteadas para receber esse pontapé inicial, e isso representa um grande avanço para nós. A inclusão da mandioca na alimentação escolar agrega valor à nossa merenda, que já é baseada em uma alimentação saudável. O diferencial é que esse alimento é cultivado sem agrotóxicos. Só temos a agradecer pela escolha da nossa escola. Estou muito feliz”.

A colheita representa um marco importante para a alimentação escolar, unindo agricultura familiar e nutrição de qualidade. Os alimentos colhidos, além de serem doados às escolas, são transformados em macarrão sem glúten pelo Empório I Piatti, garantindo uma opção saudável e nutritiva para os estudantes das escolas municipais.

Tecnologia

Sobre a produção de macarrão sem glúten com a mandioca, a empresária e representante do Empório I Piatti, Suzi Clementino, ressaltou os processos para garantir farinha e macarrão com qualidade. “Essa é uma encomenda tecnológica na qual realizamos diversos testes para identificar a variedade mais adequada para a produção da farinha. Testamos diferentes tipos e encontramos um que se destacou por ser mais seco e facilitar o processo de secagem, que é feito de forma lenta para preservar as proteínas”, explicou Suzi.

“A partir dessa farinha, começamos a desenvolver massas, atendendo a uma demanda da Secretaria de Educação, já que há muitas crianças com intolerância ao glúten. Também identificamos que algumas estavam desnutridas, o que nos levou a criar uma versão proteica da massa. Acrescentamos ingredientes estratégicos e enviamos a formulação para análise em um laboratório especializado, que confirmou que nossa farinha é, de fato, proteica e certificada. Ou seja, além de ser sem glúten, ela é altamente nutritiva”, frisou a empresária.

Fotos: Katito Carvalho