Jovem acusado de ter matado o pai na Amadora alega defesa legítima

Jovem acusado de ter matado o pai na Amadora alega defesa legítima

7 de maio de 2024 0 Por Francisco Avelino

Julgamento decorre no Tribunal de Sintra

Um jovem de 16 anos que começou a ser julgado, esta terça-feira, pela morte do pai, ocorrida em julho de 2023, na Amadora, alegou defesa legítima para o crime.

O jovem, que se encontra em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Leiria, começou a ser julgado esta manhã no tribunal de Sintra, no distrito de Lisboa, pelos crimes de homicídio qualificado, ofensa à integridade física comprometida e detenção de arma proibida, segundo o despacho de acusação a que a Lusa teve acesso.

Os crimes ocorreram em julho de 2023 na residência do pai do arguido, no concelho da Amadora (distrito de Lisboa) e, segundo a acusação, tiveram lugar após uma discussão que envolveu também o irmão do jovem, por causa de gastos com água e gás de um banho.

Na sequência desta discussão, e após se munir com uma faca de cozinha (19 centímetros), o jovem terá deferido vários golpes no pai, que viria, posteriormente a falecer, e no irmão mais novo (14 anos), que ficou com lesões nos membros superiores.

O pai do arguido ainda chegou a ser transportado com vida para o Hospital Amadora-Sintra, onde permaneceu internado durante nove dias, vindo a falecer por “síndrome da dificuldade respiratória aguda grave”, na sequência dos ferimentos provocados pela faca.

Confrontado com estas acusações, o jovem alegou ao coletivo de juízes do tribunal de Sintra que agiu por defesa legítima, uma vez o pai o teria “tentado agredir com um taco de basebol”, segundo indicou à Lusa o advogado deste arguido, Pedro Marvão.

“O pai tentou agredi-lo com um taco de beisebol. Deu-lhe vários golpes e ele temeu pela sua vida e pela da namorada, que estava grávida. Essa situação foi corroborada pelo irmão”, apontou o defensor.

Relativamente às agressões que foram feitas ao irmão mais novo, o argumento explicou que foram feitas “com intenção de o afastar”, porque foi em auxílio do pai.

“Espero que o tribunal consiga atender à tese de defesa legítima. Ele neste momento está arrependido”, sublinhou Pedro Marvão.

A continuação deste julgamento está marcada para dia 21 de maio.

Fonte JN Jornal de Notícias