“CRIME AMBIENTAL: Esgoto despejado em canal de Ponta Negra ameaça ecossistema e praia de Maricá

Moradores da encantadora região de Ponta Negra, em Maricá, estão se mobilizando para denunciar um grave crime ambiental que está ocorrendo em sua comunidade. Segundo relatos alarmantes, a prefeitura realizou recentemente uma obra de drenagem das águas pluviais, porém, o destino final desses resíduos está sendo o canal de Ponta Negra, um local de extrema importância para o Sistema Lagunar Maricá-Guarapina.
O Sistema Lagunar Maricá-Guarapina é composto por quatro lagunas costeiras interligadas por canais e possui uma única conexão com o mar através do Canal de Ponta Negra, construído artificialmente em 1951. É evidente a relevância desse canal para o equilíbrio do ecossistema local, o qual abriga uma rica diversidade de vida.
Infelizmente, registros fotográficos feitos por moradores, alguns deles ambientalistas dedicados, revelam o esgoto sendo despejado pelas manilhas destinadas exclusivamente às águas pluviais. Essa agressão direta à lagoa e a todas as formas de vida que dependem desse sistema é chocante e inaceitável.
Essas imagens contrastam com o programa “Lagoa Viva”, implementado pela Prefeitura de Maricá com o objetivo de revitalizar as lagoas da cidade, utilizando técnicas de saneamento alternativas e naturais, sem o uso de produtos químicos. O programa completou um ano em agosto, registrando um aumento de 200% na presença de espécies da fauna e da flora na Lagoa de Araçatiba, que foi a primeira a receber as ações.
Diante dessa triste realidade, os moradores de Ponta Negra unem suas vozes em defesa de um dos mais belos cartões postais de Maricá e da preservação da natureza. Eles clamam por uma intervenção urgente do prefeito Fabiano Horta para deter esse crime ambiental, restaurar a integridade do canal de Ponta Negra e garantir a proteção desse valioso ecossistema.
É imprescindível que as autoridades competentes tomem medidas imediatas para conter o despejo de esgoto no canal de Ponta Negra, assegurando a saúde das nascentes, do córrego e da praia local. A natureza e a comunidade de Maricá estão implorando por socorro, na esperança de que a justiça ambiental prevaleça sobre qualquer forma de negligência.