A volta do NATAL

Reflexões em tempos de pandemia

Por Alan Christi

Não é novidade que o Natal, há algum tempo, teve o seu sentido de certa forma pervertido, caracterizando-se como uma data muito mais voltada para o comércio, o consumo, e as orgias gastronômicas e alcoólicas do que propriamente para seus sentidos fraterno, espiritual e de comunhão.

Mas vivemos uma época atípica e que nos impôs muitas restrições, medos, preocupações e limites. Uns têm respeitado e outros não. Mas é certo, que esse Natal será o Natal da reflexão e pode significar uma grande oportunidade de resgate do verdadeiro sentido do Natal.

 O que representa verdadeiramente o Natal? O Natal é a expressão de mudança na história da Terra, quando por determinação suprema, caminhou entre os homens terrenos, o ser mais evoluído, o maior dos profetas, o filósofo de todas as respostas, o grande sábio, o enviado. Mas, Jesus, trouxe uma mensagem principal: o amor. O amor a si mesmo, o amor ao próximo, o amor à natureza, o amor a Deus E esse é sem dúvidas o grande sentido do Natal.

Aqueles que não compreendem isso, que não respeitam o seu próximo, não cuidam da sua vida com esmero, não convivem dignamente com a natureza e com o planeta, fazem mal às pessoas ou aos animais, estão na contramão de tudo que o Natal representa, de tudo que a vinda do Cristo teve como propósito. 

Infelizmente muitos se perderam e perderam também a aliança com esses preceitos. Ou seja, o Natal, para muitos já nem existe mais. Muitos entregaram-se às volúpias da materialidade e consequentemente não têm mais qualquer ligação ou vinculação com o Natal de Cristo. 

Porém, esse ano o Natal tem uma grande chance de ser ressignificado, revivido e restaurado por muitos. Vivemos tempos difíceis com essa terrível pandemia.

E nos cabe, reaprender a orar, rezar, permanecendo em prece e repensando nossa vida, nossas atitudes, nossas escolhas e nossos comportamentos. Podemos sim, experimentar A VOLTA DO NATAL.

Assumindo o compromisso de sermos pessoas melhores. Lutando para vencer nossos vícios e nossas paixões. Exercitando a tolerância, o respeito, a paciência e a gratidão. Investindo em atitudes mais empáticas, adotando posturas mais éticas, produzindo pensamentos mais edificantes e positivos. 

O verdadeiro Natal deve ser regado de amor! E temperado com a igualdade, a justiça e a liberdade. Servido sempre com a fraternidade para acompanhar e cheio de solidariedade, compaixão e piedade. 

Agora, se tudo que está acontecendo e se esse momento de franca reflexão não te levar a reviver o Natal do Amor, você está num caminho muito equivocado e talvez até sem volta!

Feliz (verdadeiro) NATAL!!!