
Morre aos 91 anos o ícone da televisão brasileira Francisco Cuoco
19/06/2025Grande galã das novelas brasileiras, Francisco Cuoco morreu aos 91 anos na última quinta-feira (19/6)
Foto: Instagram/Francisco Cuoco
Francisco Cuoco estava internado há cerca de 20 dias no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, enfrentando complicações de saúde relacionadas à idade e também uma infecção provocada por um ferimento. A causa da morte foi registrada como falência múltipla dos órgãos, segundo a assessoria do ator, que deixa três filhos.
Ator morreu, aos 91 anos, em consequência de complicações de saúde causadas por uma infeção nos rins. Figura central da televisão brasileira durante mais de meio século, Francisco Cuoco marcou gerações com a sua presença carismática e interpretações memoráveis.
Francisco Cuoco era um dos nomes mais emblemáticos da teledramaturgia da TV Globo. O ator, que nos últimos anos enfrentava complicações de saúde devido a uma infeção nos rins, deixa um legado notável de quase sete décadas de carreira no teatro, no cinema e, sobretudo, na televisão.
A entrada na televisão deu-se em 1963, no programa Grande Teatro Murray, da TV Rio. No ano seguinte, entrou na sua primeira novela, “Renúncia”, na TV Record. Depois de passagens pela Tupi e pela Excelsior, estreou-se na TV Globo em 1970 com “Assim na Terra como no Céu”, de Dias Gomes. A partir daí, consolidou-se como uma das maiores estrelas da estação.
Entre os seus papéis mais marcantes estão “Selva de Pedra” (1972), “Pecado Capital” (1975), “O Astro” (1977), “Sétimo Sentido”(1982) e “Eu Prometo” (1983), todos como protagonista. Era o galã por excelência da televisão brasileira — símbolo de charme, elegância e intensidade dramática. Um episódio marcante da sua fama ocorreu no início dos anos 1970, quando foi cercado por uma multidão à saída do Theatro Municipal de São Paulo, precisando de escolta policial para sair em segurança.
No cinema, participou em filmes como “Gémeas” (1999), A “Partilha” (2001), “Cafundó” (2005) e “Real Beleza” (2015). No teatro, esteve em dezenas de montagens, incluindo a primeira versão de “O Beijo no Asfalto”, de Nelson Rodrigues, em 1961. Entre os seus últimos trabalhos estão “Segundo Sol” (2018) e uma participação especial em “Salve-se Quem Puder” (2022).
Francisco Cuoco será lembrado como um dos pilares da televisão brasileira, um intérprete cuja trajetória acompanhou a própria evolução do meio. A sua morte representa o fim de uma era.