Deputada federal conhece iniciativas de Maricá
23 de janeiro de 2024Parlamentar pretende implementar em Goiânia (GO) políticas públicas exitosas, como Tarifa Zero, moeda social, jardins comestíveis, PPT e moeda verde
A Prefeitura de Maricá recebeu a deputada federal Adriana Accorsi, de Goiás, para conhecer as políticas públicas implementadas na cidade. Na segunda-feira (22/01), a parlamentar visitou a praça agroecológica de Araçatiba e fez reuniões com gestores sobre os programas Passaporte Universitário, Tarifa Zero, bicicletas compartilhadas, moeda social Mumbuca e Programa de Proteção ao Trabalhador (PPT). Nesta terça-feira (23), a deputada foi recebida pelo prefeito Fabiano Horta e depois conheceu os projetos inovadores da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), como a Moeda Verde e a Lagoa Viva.
Na unidade agroecológica, a deputada conheceu o jardim comestível do Centro, que possui 55 culturas, entre frutíferas e hortaliças, produzidas sem agrotóxicos e colhidas de graça por moradores e turistas. Hoje, a cidade possui outras cinco praças agroecológicas (Guaratiba, São José do Imbassaí, Parque Nanci, Itapeba e Flamengo) e a Fazenda Municipal Joaquin Piñero, no Espraiado. O projeto de jardins comestíveis é uma das iniciativas que colocou Maricá na rota internacional com a adesão em março de 2022 ao Pacto de Milão, o mais importante fórum mundial sobre segurança alimentar, sustentabilidade e combate ao desperdício.
Na sede da Empresa Pública de Transportes (EPT), em Araçatiba, a parlamentar ficou admirada com o Programa Tarifa Zero, que possui uma frota de 135 ônibus, 39 linhas e fez, em média, 42 milhões de deslocamentos no ano de 2023. Ela também conheceu as vermelhinhas, 250 bicicletas compartilhas distribuídas em 25 estações no município, e esteve na rodoviária do Centro, para ver de perto o funcionamento das duas iniciativas que garantem o direito gratuito de ir e vir, seja de ônibus ou de bicicleta.
“Estou encantada com as políticas de transporte público, da mobilidade, do Passaporte Universitário que faz a inclusão por meio da educação, dos jardins comestíveis, que achei uma ideia maravilhosa e combina muito com Goiânia. A gente também quer implementar essas políticas públicas para o bem da população”, afirmou Adriana Accorsi. O Passaporte Universitário concedeu 6.405 bolsas de estudo integrais a alunos de graduação em cinco universidades conveniadas com 28 cursos, como Medicina, Engenharia, Direito, entre outros. Atualmente, 422 alunos já se formaram.
Moeda social Mumbuca
A deputada também esteve no Banco Mumbuca, onde conheceu a moeda social que financia diversas iniciativas no município, como o Renda Básica da Cidadania (RBC), Auxílio Recomeço, Programa de Proteção ao Trabalhador (PPT), Mumbucão, Mumbucar, Mumbuca Transporte, Auxílio Cuidar, vale alimentação dos servidores públicos, entre outros. Com o RBC, são 91.487 beneficiários que recebem 230 mumbucas (R$ 230) por mês. Igor Sardinha, secretário de Desenvolvimento Econômico, falou sobre o PPT e a secretária Andrea Cunha destacou as iniciativas de Economia Solidária.
“Foi uma reunião fantástica. Conheci esses grandes trabalhos que são realizados em Maricá e quero levá-los para Goiânia, principalmente o uso da moeda social, o apoio aos trabalhadores e as iniciativas relacionadas à economia solidária. A moeda Mumbuca é um caso de sucesso e que tem despertado esse interesse de todo Brasil pelo benefício que traz para a população”, destacou Accorsi.
Lagoa Viva e Mumbuca Verde
Outros dois projetos inovadores desenvolvidos pela Codemar chamou a atenção da parlamentar: a Moeda Verde e o Lagoa Viva. A Mumbuca Verde é uma plataforma de ativos ambientais que podem ser comercializados para pessoas físicas ou jurídicas que queiram compensar suas emissões de carbono. O lastro é a conservação de áreas de mata de pé em Maricá. O sistema pode ser replicado em qualquer cidade que tenha áreas que possam ser preservadas. Em Goiás, muitas fazendas são obrigadas a ter, legalmente, área de reserva.
Já o Lagoa Viva é um amplo programa de revitalização do sistema lagunar da cidade, com o uso de bioinsumos (micro-organismos como bactérias que degradam matéria orgânica) para combater a poluição. É um trabalho em paralelo com a expansão da rede de saneamento básico, mas que já se desdobrou em tecnologias de tratamento de esgotos em ETEs com o uso dos micro-organismos.
“Foi uma alegria conhecer pessoalmente a cidade. Em Goiânia precisamos de muitos projetos de desenvolvimento. Da Codemar, posso citar a Mumbuca Verde e o Lagoa Viva”, finalizou.