Vigilância Sanitária interdita reservatórios de água do Centro de Letras e Artes da Unirio

Vigilância Sanitária interdita reservatórios de água do Centro de Letras e Artes da Unirio

9 de maio de 2019 0 Por Francisco Avelino

A Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses do Rio interditou os reservatórios de água do Centro de Letras e Artes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), na Urca, Zona Sul da cidade. A medida foi adotada como prevenção aos riscos à saúde pública, após nova vistoria feita na tarde desta quinta-feira, dia 9. Na ação, técnicos da Coordenação de Engenharia do órgão constataram que os serviços de higienização e manutenção no sistema de abastecimento determinados na inspeção realizada na véspera, 8, não foram iniciados.

A desinterdição depende da limpeza da caixa d´água central de oito mil litros e das três cisternas (com capacidade total de 30 mil litros), com apresentação do certificado dos serviços realizados. A unidade precisará também fazer a adequação das vedações dos reservatórios e uma nova análise para comprovar a qualidade da água de consumo.   

A ação da Vigilância na Unirio começou na última segunda, 6, em atendimento ao ofício da Direção do Centro solicitando a análise da potabilidade da água, com a justificativa que três casos de hepatite A foram confirmados em alunos. Das seis amostras coletadas por profissionais do Laboratório Municipal de Saúde Pública (Lasp), cinco não apresentaram alteração e uma teve resultado insatisfatório por falta de cloro. Os laudos foram entregues nesta quarta, 8, na segunda visita feita quando, seguindo o protocolo, técnicos coletaram amostras específicas para exames de hepatite A. O material foi entregue ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen, do estado), que encaminhará as amostras à Fiocruz, referência para análise da doença.

Ainda na vistoria de quarta, técnicos da Coordenação de Engenharia inspecionaram torneiras, banheiros e o restaurante que servem ao Centro. Eles inspecionaram ainda a caixa d´água e as cisternas, identificando vestígios de terra e galhos que podem ser provenientes da enchente de um mês atrás e ter provocado acúmulo de resíduos no fundo dos reservatórios.

– Na inspeção, não foram apresentados os certificados da última higienização dos reservatórios e o laudo de potabilidade. Também identificamos a necessidade da vedação adequada das tampas. Esse quadro nos levou a advertir para a não utilização da água, até que todos os procedimentos fossem concluídos. Mas como os trabalhos não foram iniciados, hoje decidimos pela interdição dos reservatórios, em uma ação de prevenção de riscos à saúde pública, uma vez que o vírus pode estar presente em algum deles – explica o engenheiro João Telles, à frente da Coordenação de Engenharia da Vigilância.