Jornal Litoral RJ

Equipes iniciam visitas da segunda etapa da pesquisa Sentinela Maricá

Fotos de Clarildo Menezes

Fotos de Clarildo Menezes

As equipes do Sentinela Maricá já estão nas ruas colhendo dados para a segunda etapa da pesquisa sobre a Covid-19 na cidade. As primeiras visitas domiciliares começaram nesta segunda-feira (24/5) pela região do Centro, onde os moradores responderam ao questionário e também passaram por testagem com exames de swab e sorologia. Os entrevistadores são todos agentes do Comitê de Defesa dos Bairros (CDB) e passaram por treinamento na última sexta-feira (21) na Subsecretaria de Saúde. As seis equipes têm ainda um aplicador para os exames, um agente comunitário de saúde e um motorista.

Em cada residência, é escolhido para a testagem um morador acima de 18 anos com data de aniversário futura mais próxima ao dia da visita. Um dos objetivos é medir a eficácia da vacinação aplicada até o momento em parte da população.

A dona de casa Margarete da Costa Santos, de 55 anos, já tomou a primeira dose depois de todos os cinco moradores de sua casa terem sido contaminados pelo vírus.

“De todos eu fui a única a ficar internada por onze dias e, mesmo depois de me recuperar, mantenho todos os cuidados”, afirmou a moradora de Araçatiba, que considerou importante a coleta de dados e os exames. “É bom saber como a cidade está reagindo a essa pandemia”, considerou ela.

Outra casa visitada foi a do aposentado João Luiz Pinto MontMor, que mora com a esposa próximo à Praça da Bandeira. Ele contou que ambos já tomaram as duas doses da vacina, mas mantém o isolamento saindo pouco de casa. “Como somos do grupo de risco, não podemos nos descuidar mesmo imunizados, e acho válido tudo o que for feito para combater essa doença. Temos que conscientizar as pessoas de que o fim da pandemia vai depender mais de nós do que dos órgãos de saúde”, alertou João Luiz, que tem 74 anos.

Fotos de Clarildo Menezes

A pesquisa Sentinela Maricá é uma parceria da Secretaria de Saúde com o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), cuja meta é visitar 1.155 domicílios até julho em três ciclos de 385 cada. O órgão reforça que os resultados não serão publicados, e sim utilizados internamente nas estratégias de combate à pandemia. As outras duas áreas a serem cobertas pela pesquisa são o entorno de Inoã e Manoel Ribeiro, com base em dados fornecidos pelo censo de 2010 do IBGE.

Na realização do Sentinela em 2020, foram colhidas 376 amostras no primeiro ciclo (6 a 23 de outubro) e 384 no segundo (24 de novembro a 6 de dezembro).

Segundo Carlos Senna, coordenador da pesquisa e chefe de gabinete do ICTIM, as equipes atingiram 97% da meta de visitação e, desse número, 8% apresentaram sorologia positiva. Outro dado extraído do estudo é que a maioria das amostras de sorologia positiva veio do distrito de Inoã, revelando que foi a área mais atingida pela pandemia comparando com outros bairros como o Centro, Manoel Ribeiro e Ponta Negra. O Sentinela está em sintonia com o trabalho do Centro de Triagem e Diagnóstico para a Covid-19 da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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