“A Dor da Gente Não Sai no Jornal” arranca elogios do público da lona cultural de Itaipuaçu
29 de julho de 2019O espetáculo “A Dor da Gente Não Sai no Jornal” arrancou elogios do público que compareceu a lona cultural de Itaipuaçu neste último fim semana (dias 27 e 28 de julho). Apresentada por sete bailarinos da CIAttitude Contemporânea, de São Gonçalo, a peça, com mais de uma hora de duração, propõe um questionamento sobre machismo, feminicídio, violência de gênero e sobre temas do cotidiano enfrentados pela mulher.
A diretora e coreógrafa gonçalense, Karen Ramos salientou a importância do espetáculo, que utiliza músicas de Chico Buarque, Gal Costa e Rita Lee, para estimular uma reflexão no público. “Falamos de temas que, infelizmente, são bem atuais. Queremos que essas questões não caiam no esquecimento e a arte incomode para que possamos nos indignar e entender que o feminicídio e a violência contra mulher não são coisas normais”, explicou.
Ana Carolyna Teófilo, de 19 anos, moradora da Pavuna, e Júlia Adriane Oliveira, de 17 anos, moradora do Rio Comprido, vieram especialmente para conferir a peça. “Sou apaixonada por teatro e, principalmente, por peças de dança. O tema proposto nessa peça nos faz refletir no papel da mulher na sociedade”, destacou Júlia. Já para Ana Carolyna, arte é um importante instrumento para destacar a força da mulher. “Não podemos mais tolerar o machismo e as diversas formas de preconceito que ainda existem. A cultura tem que expressar o espaço e o valor da mulher e essa peça mostra exatamente isso’, ressaltou.
Para o auditor e professor voluntário, Richard Faulhaber, de 64 anos, é importantíssimo ter um espaço público e democrático para acesso à cultura. “Um povo sem cultura e sem educação é um povo sem futuro. Acredito que a evolução humana exige exatamente ofertar atividades gratuitas para acesso da juventude como espetáculos, palestras, músicas e as mais variadas expressões de arte. Por isso, considero fundamental a abertura de espaços públicos de cultura como esse para todos possam participar”, salientou.
A moradora do Jardim Atlântico, Diva Elena Fidalgo, de 66 anos, esteve pela primeira vez na lona de Itaipuaçu com o marido Jorge Luiz da Silva, de 68 anos e adorou o espaço. “Estou há 35 anos no bairro e é sensacional ter um espaço público que oferte diversas atividades gratuitas para a população, o que só traz benefícios e mais conhecimento para a população”, ressaltou.